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Foto do escritorTiago Grangeia

Tosse persistente pós COVID-19: quais são as possíveis causas?

Desde dezembro de 2020 vivemos a pandemia COVID-19. Já passamos por diversas fases da pandemia, diversas angústias, diversas variantes.


Atualmente a variante Ômicron é a responsável pela maior parte dos casos em todo o mundo. E uma particularidade dessa variante é causar com mais frequência diarreia, sudorese e comprometer o trato respiratório superior.


Por consequência, coriza, tosse, dor de garganta são comuns desde o início dos sintomas. Mas, assim como as variantes iniciais, a Ômicron pode também provocar lesões pulmonares, mais comumente nas pessoas não vacinadas.


A maior parte das pessoas irá se recuperar dos sintomas após um tempo de 5 a 10 dias. Alguns


sintomas, no entanto, podem persistir, e dentre esses, a tosse é um dos mais frequentes. Em torno de 20 a 40% das pessoas podem persistir com tosse por dias a semanas.


Mas lembramos pessoal, de quando tínhamos “gripes ou resfriados normais”. É comum permanecer uma tosse, que incomoda um pouco, mas que vai melhorando pouco a pouco, dia a dia, e que dura menos de 3 semanas.


Essa tosse que ocorre após uma infecção respiratória viral é normal, desde que passe em até 3 semanas e vá melhorando a cada dia. Na COVID-19, uma infecção viral, essa tosse também pode ocorrer.


Para então considerarmos uma tosse persistente após a COVID-19, ou uma tosse que possa


indicar uma doença mais grave, aqui vão alguns sinais de alerta:


· Tosse com muita produção de catarro

· Febre

· Presença de falta de ar

· Dor no peito ao respirar

· Dor no corpo, dor de cabeça

· Duração da tosse maior do que 3 semanas (tosse persistente)

· Percepção de que a tosse está aumentando dia a dia


Agora então falaremos sobre causas de tosse que podem persistir após a melhora dos sintomas da “fase aguda da COVID-19, ou seja, que permanece após 10-14 dias após início dos sintomas, e verão que os sinais de alerta serão muito úteis nessa definição.



Causa 1 – Tosse pós infecciosa (pós viral)


Tosse persistente (dura mais que 3 semanas) e é causada por lesão na mucosa (revestimento) do trato respiratório (narinas, faringe, brônquios) que expõem receptores para tosse.


Costuma ser seca, piora mais a noite, ao falar e quando exposto a frio.


Não é comum nesse tipo de tosse haver febre, dor no peito, falta de ar ou qualquer sintoma. Há “somente” tosse, mas que costuma incomodar muito.


A boa notícia é que costuma ser autolimitada, ou seja, tende a melhorar aos poucos, mas pode durar até 8 semanas.



Causa 2 – Infecção bacteriana


Toda infecção viral machuca as vias respiratórias e prejudica os mecanismos de defesa. Isso predispõe às bactérias condições propícias para provocarem infecção.


Caso tenha tido COVID e depois da melhora dos sintomas perceba tosse que tenha catarro, ou ainda febre, calafrios, dor no corpo, falta de ar, uma infecção deve ser considerada.


Ela pode estar nos seios da face (sinusite) ou nos pulmões (pneumonia), por isso a avaliação por profissional de saúde é fundamental para definir o melhor caminho para tratamento.




Causa 3 – Piora de doença respiratória crônica.


As doenças mais comuns nesse grupo seriam a Asma e a Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC, pelo tabagismo).


Geralmente aqui as pessoas já sabem que tem asma ou DPOC previamente, já fazem acompanhamento.


Infecções respiratórias são as principais causas de “exacerbações”, ou seja, piora dos sintomas do dia a dia, dessas doenças.


Assim, além da tosse, espera-se que haja chiado no peito, falta de ar e pode haver produção de catarro. Febre não é comum quando for apenas piora de uma doença crônica.



Causa 4 – Pneumonia organizante


Essa é uma doença rara. Infecção respiratória como COVID-19 é uma das causas.


Ocorre um processo inflamatório nos pulmões, uma reação à presença do vírus. Isso pode provocar o surgimento de diversas lesões nos pulmões, que na radiografia costumam ser diversas.


Além da tosse é comum haver febre baixa, cansaço e falta de ar.


É necessário que profissional de saúde avalie, pense nesse diagnostico e realize a avaliação necessária.




Causa 5 – Fibrose pulmonar


Das causas listadas aqui essa é a mais rara.


Geralmente sequelas pulmonares podem permanecer nos pulmões de pessoas que tiveram COVID-19 em sua forma mais grave.


Pensar nessa possibilidade depende então de profissional de saúde entender a gravidade da doença aguda, se há fatores de risco para fibrose e realizar avaliação para isso quando necessário.



Pessoal, listamos aqui as 5 causas mais comuns, aquela que profissional de saúde irá pensar primeiro.


É muito importante que caso tenha tosse persistente pós COVID-19, procure ajuda, procure sua/seu médica(o) para que possa definir exatamente a causa e à partir daí, estabelecer o melhor tratamento.


Evite se automedicar. A tosse é um sinal de alerta e um mecanismo de defesa.


Precisamos entender o por que dela estar presente para então avaliar a segurança e necessidade de tratamento.


Se tiver qualquer dúvida, deixe aqui nos comentários. Terei o máximo prazer em responder à Você!


Sinta meu abraço.

Espero que você sinta isso nesse site e nesse Blog! Foi feito com muito carinho, para Você!



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